Infelizmente sim. Ter algum familiar com doença cardíaca não significa que você, obrigatoriamente, desenvolverá essa condição, mas a sua probabilidade de ser acometido por uma cardiopatia é maior do que a de uma pessoa que não possui histórico familiar de problemas no coração.
O estilo de vida, os hábitos alimentares, o consumo de bebidas alcoólicas, o uso de tabaco, o peso e a presença de outras doenças como o diabetes são alguns dos fatores que influenciam no surgimento de doenças cardíacas.
No entanto, o histórico familiar pode, em alguns casos, ser decisivo no desenvolvimento da doença cardiovascular. Lembrando que a genética é considerada como um fator de risco de problemas no coração que nós não conseguimos modificar, diferente dos hábitos e do estilo de vida.
Entre as principais doenças cardiovasculares hereditárias estão as síndromes arrítmicas, miocardiopatias, arteriopatias e a hipercolesterolemia familiar.
Apesar da maior parte delas não ser tão frequente, esse tipo de doença costuma ter alto grau de mortalidade em todos os grupos etários. Além de morte súbita, elas podem causar ainda insuficiência cardíaca, fibrilacao atrial e problemas tromboembólicos.
Como o grau de parentesco influência no histórico familiar
Quanto mais próximo o parente, maiores as chances de a doença cardíaca se manifestar no paciente.
Isso significa que, se o pai ou a mãe tiver algum problema no coração, a probabilidade do filho desenvolver uma doença cardíaca é bastante elevada. E, caso a patologia esteja presente nos dois lados da família, as chances do filho ser acometido por um problema cardíaco é ainda maior.
Já em relação aos avós e tios, a chance de você herdar alguma característica genética é menor, mas, mesmo assim, existe essa probabilidade, sendo importante que você faça um check-up cardiológico regularmente e fique atento aos sinais e sintomas das doenças cardíacas.
A prevenção é o melhor caminho
Não é possível mudar o nosso histórico familiar, mas é fundamental conhecê-lo para que você possa adotar hábitos saudáveis e outras medidas preventivas, a fim de reduzir as chances de ser acometido por uma cardiopatia.
Mesmo que você não possua histórico familiar de doença cardíaca, você não pode descuidar da saúde do seu coração.
Isso significa que você deve:
– Praticar atividades físicas regularmente;
– Manter o peso ideal;
– Cessar o hábito de fumar;
– Consumir bebidas alcoólicas com moderação;
– Controlar o estresse, relaxar a mente;
– Manter uma alimentação equilibrada e saudável.
– Cuidar da qualidade do sono.
—
Dra. Elaine Cristina Ferreira
CRM-TO 2545 | RQE 3021