Como o estresse pode prejudicar o coração?

set 23, 2022

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No Dia de Combate ao Estresse – 23 de setembro – é importante lembrar que o estresse é uma defesa natural do nosso corpo e que até certo ponto, é entendido como uma necessidade fisiológica de autoproteção.

O problema surge quando o estímulo se torna permanente e passa do limite do aceitável, gerando danos às atividades do dia a dia. Portanto, encarar os desafios de forma mais tranquila faz bem não só para a cabeça, mas também para o coração. Literalmente.

Como o estresse pode prejudicar o coração?

O estresse libera no corpo hormônios como adrenalina e noradrenalina, substâncias vasoconstritoras. Como diz o nome, elas constringem, isto é, estreitam os vasos, elevando a pressão arterial e levando a uma alta na frequência cardíaca.

Esse aumento pode também ser caracterizado por arritmias, batimentos descoordenados do coração, especialmente em quem já tem algum tipo de problema cardíaco. E mais, quando essas condições persistem por muito tempo, podem aumentar o risco de infarto e AVC.

É infarto ou crise de estresse?

Cerca de 15% dos casos de infarto são causados por uma situação de estresse repentino e muito forte, desencadeado pelo fechamento das artérias coronarianas. Há também os casos em que muitas pessoas acreditam que estão infartando pois, durante uma crise de estresse, sintomas semelhantes aos de um infarto como: falta de ar, coração acelerado e transpiração excessiva, podem acontecer.

Coração partido

Embora seja uma doença mais rara, a Síndrome do Coração Partido (também conhecida como Síndrome de Takotsuba ou Cardiopatia do Estresse) provoca sintomas semelhantes aos de infarto, como dor no peito e falta de ar. Apesar disso, não se caracteriza como um infarto do miocárdio “tradicional”, aquele em que as artérias são entupidas por uma placa de gordura.

No caso da síndrome, a artéria coronária sofre um fechamento abrupto e temporário por liberação de enzimas que dilatam o coração. Essa síndrome pode ocorrer em eventos de alto estresse, como falecimento de um familiar, catástrofes naturais e outras situações de grande choque para o indivíduo.

Se houver sintomas de infarto (dor no peito, falta de ar, fadiga, sensação de cansaço), o ideal é levar o paciente para a emergência mais próxima, pois apenas um cardiologista pode avaliar se realmente trata-se de um infarto do miocárdio (com entupimento da artéria), uma crise de estresse ou de uma condição como a Takotsuba.

É importante procurar ajuda médica, principalmente, se o paciente possuir fatores de risco como diabetes, histórico familiar de doenças cardiovasculares, fumo, hipertensão, má alimentação e sedentarismo. 

Como prevenir?

Para prevenir esse mal e reduzir o risco de infarto gerado por episódios constantes de estresse, é essencial incluir alguma atividade física em sua rotina. Isso porque, além de reduzir o estresse, ao se exercitar, o músculo cardíaco se fortalece e produz novas redes de circulação do sangue.

Para somar às atividades físicas, a alimentação balanceada e sono tranquilo, são ótimos aliados no combate ao estresse as seguintes ações: 

  • Manter os níveis de colesterol estáveis;
  • Realizar todos os exames do coração regularmente;
  • Evitar, na medida do possível, ingerir bebidas alcoólicas;
  • Parar de fumar;
  • Tentar evitar acumular muitas informações na mente;
  • Aproveitar para realizar uma leitura sobre algum assunto que goste;
  • Se necessário, tirar um cochilo durante o período da tarde. Aproveite para repor as energias e descansar a mente.

E lembre-se: o cardiologista tem um papel muito importante no processo de redução de estresse. Além dos exames do coração, as emoções e os comportamentos também devem ser analisados, pois todos os fatores são muito importantes para indicar o tratamento adequado.

Dr. Rogério José Ferreira Dirceu

CRMTO 1405 | RQE 2729

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